Florian Raiss
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Florian Raiss
(Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1955 – São Paulo, São Paulo, 2018).
Desenhista, pintor, escultor. Estuda na Accademia di Belle Arti di Firenze [Academia de Belas Artes de Florença], Itália, entre 1973 e 1974. Neste mesmo ano, ingressa na Accademia di Belle Arti di Roma [Academia de Belas Artes de Roma], onde permanece até 1975. Muda-se para o México, onde estuda desenho, entre 1975 e 1977, com Gilberto Aceves Navarro, na Academia de San Carlos da Universidad Nacional Autónoma de México (Unam) [Universidade Nacional Autônoma do México], na Cidade do México. Realiza diversas mostras individuais em São Paulo. Participa de exposições coletivas no Brasil e no exterior (Alemanha, Suécia, Venezuela, Holanda, Portugal e Estados Unidos), com destaque para as mostras MAM na OCA, Arte Brasileira do Acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 2006 e Modernos, Pós-Modernos, 80/90, em 2007, no Instituto Tomie Ohtake, também em São Paulo.
Análise
A obra de Florian Raiss começa com o desenho, para em seguida ganhar o espaço: “O desenho me levou à escultura, que surgiu como uma necessidade, como uma vontade de materializar figuras que eu tinha em mente.” Para seus trabalhos tridimensionais, Raiss lança mão de diversos materiais, como bronze, argila policromada e baixo esmalte. Tanto no desenho quanto na escultura, estão presentes os homens quadrúpedes, a temática erótica, a figuração inscrita numa certa atmosfera fantástica ou bizarra. A historiadora da arte Aracy Amaral (1930) aponta um realismo doce, de clima insinuantemente perverso, nos personagens monstruosos de Florian Raiss. O curador Emanoel Araújo (1940), por sua vez, enxerga nessas mesmas personagens animalescas sugestões do homem e dos seus desejos mais profundos e obscuros. Já o crítico Fernando Oliva identifica na obra de Raiss um dos assuntos por excelência da escultura barroca: o embate civilização versus natureza. E, ainda, a imposição da cultura versus a resistência do primitivo; a disputa entre a necessidade de contenção, de um lado, e o desejo animal e incontrolável, de outro. A produção de Raiss é marcada pela possibilidade do surgimento inesperado do fantástico, na qual é impossível isolar tanto o real do imaginário, quanto o passado do presente. Disso decorrem não somente os seres fantásticos, mas também a evocação da arte grega em desenhos e peças feitas com baixo esmalte.